A Arena Fonte Nova foi palco, neste sábado (12 de julho de 2025), de um confronto eletrizante pela 13ª rodada do Campeonato Brasileiro, que culminou na ascensão do Bahia ao G4 da competição. Em um jogo marcado por reviravoltas na etapa final, o Esquadrão de Aço demonstrou resiliência e poder de reação, garantindo uma vitória crucial sobre o Atlético-MG pelo placar de 2 a 1. O resultado não apenas impulsiona as ambições do Tricolor Baiano no torneio nacional, mas também acende o alerta para o Galo, que segue em uma posição intermediária na tabela, consolidando o gol no fim como o fato principal da notícia.
O embate entre as equipes, que prometia equilíbrio, entregou momentos de tensão e drama para os torcedores presentes. Se o primeiro tempo foi caracterizado por um jogo truncado e poucas chances claras, a etapa complementar compensou com intensidade e gols. O triunfo do Bahia, conquistado nos últimos instantes da partida, reflete a garra da equipe e a capacidade de seu treinador, Rogério Ceni, de ajustar o time em momentos decisivos, transformando a energia do estádio em um fator determinante para a virada no placar.
A partida agora projeta as atenções de ambos os clubes para os desafios continentais pela Copa Sul-Americana, indicando a densidade do calendário do futebol brasileiro. Para o Bahia, a vitória em casa contra um adversário de peso serve como injeção de ânimo para o próximo compromisso. Para o Atlético-MG, o revés exige uma rápida reavaliação para não comprometer suas aspirações tanto no Campeonato Brasileiro quanto no torneio internacional.
A Dinâmica do Primeiro Tempo e a Explosão na Etapa Final
O início da partida na Arena Fonte Nova foi um retrato de estratégias cautelosas e muita disputa no meio-campo. Ambas as equipes, Bahia e Atlético-MG, pareciam priorizar a organização defensiva, resultando em um primeiro tempo sem grandes lances de perigo e poucas finalizações a gol. Aos 20 minutos, um lampejo de Everton Ribeiro em cobrança de falta foi o que mais se aproximou de abrir o placar, exigindo uma boa intervenção do goleiro Gabriel Delfim para manter a igualdade no marcador.
A postura mais conservadora dos dois times na primeira etapa sugeriu um estudo mútuo, com Rogério Ceni e Cuca buscando entender os pontos fracos de seus adversários. O meio-campo se tornou um campo de batalha, onde a posse de bola era disputada intensamente, impedindo que os setores ofensivos de ambas as equipes desenvolvessem jogadas de maior profundidade e criatividade. Essa tática inicial, embora tenha resultado em um espetáculo menos vibrante, demonstrava o respeito entre as comissões técnicas e a importância tática do confronto.
Contudo, a etapa complementar transformou completamente o cenário do jogo, revelando um futebol mais aberto e ofensivo. O segundo tempo se tornou um verdadeiro palco para os gols e as emoções, com as equipes se arriscando mais em busca da vitória. A mudança de atitude, possivelmente impulsionada pelas orientações dos treinadores no intervalo, proporcionou aos torcedores uma partida repleta de lances decisivos, provando que a paciência estratégica do primeiro tempo culminou em uma explosão de futebol nos minutos finais.
Os Gols: De Luciano Jubá ao Gol Olímpico e a Virada Heroica
Aos oito minutos da etapa complementar, o Bahia abriu o placar com Luciano Jubá, após um bate-rebate na área. O lance, que teve origem em uma jogada insistente do ataque tricolor, mostra a persistência da equipe em buscar o gol e a capacidade de seus jogadores de aproveitar as oportunidades criadas na área adversária. A abertura do placar injetou ânimo no time da casa, que continuou pressionando em busca de ampliar a vantagem e consolidar a vitória.
No entanto, o Atlético-MG não se entregou e buscou o empate de forma espetacular. Aos 45 minutos do segundo tempo, Hulk, em uma cobrança de escanteio, marcou um gol olímpico, surpreendendo a todos na Fonte Nova. O golaço do camisa 7 do Galo não apenas igualou o marcador em um momento crucial da partida, mas também demonstrou a sua genialidade e a qualidade técnica que o tornam um dos grandes nomes do futebol brasileiro, reacendendo as esperanças da equipe mineira e calando a torcida mandante.
O empate no apagar das luzes poderia ter desmotivado o Bahia, mas o Esquadrão de Aço mostrou força mental e garra para buscar a vitória. Aos 53 minutos da etapa complementar, Michel Araújo recebeu passe de Cauly e, com um chute colocado, garantiu a vitória tricolor, sem chances para o goleiro Gabriel Delfim. O gol da virada heroica, nos instantes finais da partida, levou a Arena Fonte Nova ao delírio e consolidou o triunfo do Bahia, que celebrava não apenas os três pontos, mas também a entrada no G4.
Implicações na Tabela e os Próximos Desafios Continentais
Com a vitória apertada sobre o Atlético-MG, o Bahia deu um salto significativo na tabela do Campeonato Brasileiro, alcançando a terceira posição com 24 pontos. O resultado é um reflexo do bom momento vivido pela equipe de Rogério Ceni, que tem demonstrado consistência e poder de reação nas últimas rodadas. A entrada no G4 consolida as aspirações do Tricolor Baiano na competição, colocando-o em posição privilegiada na briga por uma vaga na Copa Libertadores da América do próximo ano e elevando as expectativas da torcida.
Por outro lado, o Atlético-MG, com a derrota, manteve-se na oitava colocação, com 20 pontos. O revés na Fonte Nova representa um tropeço para o Galo, que busca se aproximar do pelotão da frente e brigar por uma das primeiras posições. A equipe mineira precisa agora se recuperar rapidamente para não ver seus concorrentes abrirem vantagem na tabela, especialmente em um campeonato tão disputado como o Brasileirão, que exige regularidade e foco em todas as rodadas para alcançar os objetivos.
As duas equipes agora voltam suas atenções para os playoffs das oitavas de final da Copa Sul-Americana, com jogos importantes na próxima semana. O Bahia recebe o América de Cali nesta terça-feira, enquanto o Atlético-MG visita o Atlético Bucaramanga na quinta-feira. Os compromissos continentais exigirão que ambos os times mantenham o foco e a intensidade, buscando bons resultados para avançar na competição e conciliar as disputas nacionais e internacionais, um desafio comum aos grandes clubes do futebol brasileiro.
