Cristiano Ronaldo assumiu o peso de um veterano e manteve vivo o espírito guerreiro que marcou sua carreira. Em entrevista ao SporTV, ele admitiu ter jogado lesionado a final da Nations League — decisão que terminou com vitória portuguesa nos pênaltis, 5 a 3, após empate por 2 a 2. Com o gol de CR7, Portugal voltou ao topo europeu, provando que, mesmo com 40 anos, o capitão jamais se ausenta quando o país chama
Dor, sacrifício e liderança: o protocolo de Ronaldo
CR7 confessou: sentiu a lesão já no aquecimento, mas não hesitou. “Pela seleção, se fosse para quebrar minha perna, eu quebrava”, declarou . O cenário tinha tudo para minar sua performance, mas, como nos velhos tempos, Ronaldo colocou o coletivo acima de sua própria integridade.
Mesmo com o desconforto evidente, o craque encontrou forças para marcar, dando início à reação lusitana. Aos 2 a 2 no tempo normal, ele foi religião e símbolo da garra que já embolsou 938 gols . O gol saiu de oportunismo puro, tão característico do camisa 7 — e reafirmou que, para ele, servir ao país ainda supera qualquer limitação física.
Saindo lesionado no fim do tempo regulamentar, Ronaldo passou o resto da partida no banco, dando lugar aos companheiros. Ainda sorriu ao final, erguendo a taça e buscando contornos de normalidade em sua rotina de sofrimento pós-jogo — alimentando, assim, seu legado imortal.
Vitória nos pênaltis e emoção: Portugal renasce
Com o duelo empatado em 2 a 2, a decisão foi para os pênaltis. Ronaldo, como capitão, não só marcou o decisivo gol no tempo normal, mas também esteve presente na hora do “mata-mata”. Portugal venceu por 5 a 3, confirmou a revanche contra a Espanha e reconquistou o título da Nations League
O choro de CR7 no pódio se misturou à alegria de jogadores e técnicos, como prova de que, por trás do mito, existe um homem emocional — e profundamente conectado à sua pátria Ele dedicou o título à família e aos companheiros, afirmando que “por Portugal” tudo vale, mesmo quando a dor insiste em voltar.
Para os portugueses, o bicampeonato tem sabor de redenção. Sob o comando do técnico Roberto Martínez — elogiado por Ronaldo —, a seleção manteve a fome de vencer e mostrou evolução tática, transição rápida e eficiência nas penalidades .
Um legado que desafia o tempo
Aos 40 anos, Cristiano Ronaldo supera a barreira do tempo e das lesões. Já é o maior artilheiro da história das seleções nacionais, com mais de 111 gols, e ainda adiciona troféus expressivos à coleção.
A determinação de jogar lesionado reforça qualidades já conhecidas: competitividade e liderança inabaláveis. Muitos jogadores se aposentam antes de alcançar cifra semelhante de jogos ou títulos. Ronaldo continua escrevendo capítulos imortais — e, aparentemente, ainda não está satisfeito.
Ele mesmo reconhece: “Foram minhas forças, dei o máximo que pude”. O recado é claro: mesmo sentindo dor, o capitão não abandona a missão. A pergunta que fica no ar: até quando o futebol mundial vai contar com a excelência deste homem de ferro e coração frágil?
Ronaldo não jogou apenas com o corpo lesionado — jogou com o coração. Aos 40 anos, rompe barreiras físicas e emociona quem crê na derrota do tempo. O bicampeonato prova que, para ele, a seleção não é apenas um time, é destino de vida. Ainda lesionado, ainda protagonista, ainda impossível que vamos ignorar. E quem quiser duvidar do poder do 7, é melhor lembrar: se for por Portugal, CR7 se despirá do descanso e arcará com qualquer dor.