Irã lança nova rodada de mísseis e Israel intensifica resposta militar

Ontem (15/06/25), o Irã lançou uma nova ofensiva com mísseis em direção a Israel, que ativou estado de alerta e abrigos; o país retrucou com ataques contra instalações iranianas.

O Exército de Israel anunciou neste domingo (15) que o Irã lançou nova onda de mísseis contra seu território, acionando sirenes de alerta em Tel Aviv, Jerusalém e outras regiões. Após instruir a população a buscar abrigo, o governo autorizou o retorno às ruas, enquanto os militares israelenses revidaram com uma operação direcionada a complexos de lançamento no Irã.


O ataque iraniano e o alerta nacional

O Exército israelense declarou que detectou “nova rodada de mísseis vindos do Irã” neste domingo, com sistemas de defesa antiaéra em operação e sirenes instaladas em diversas cidades, incluindo Tel Aviv e Jerusalém  . O alerta levou a população a ocupar abrigos — ordem que só foi suspensa após confirmação das autoridades  .

Vídeos das explosões iluminando o céu e sirenes ecoando nas ruas transmitiram o clima de tensão. Embora ainda sem dados oficiais sobre vítimas, moradores relataram ouvir fortes explosões, indicando que alguns mísseis chegaram a atravessar as defesas .

O alerta foi reforçado pelas próprias IDF (Forças de Defesa de Israel), que admitiram que o Iron Dome e sistemas complementares não são infalíveis — ressaltando a possibilidade de que projéteis poderiam atingir alvos civis  


Retaliação israelense: retaliar ou escalar?

Em resposta, Israel lançou ataques a instalações de mísseis no oeste do Irã, conforme anunciado pelo porta-voz militar no domingo (15)  . A ação atingiu depósitos e lançadores terra‑superfície, com o objetivo declarado de “remover capacidade do regime iraniano de nos ameaçar”, embora o governo negue quaisquer intenções de mudança de regime  

A operação foi descrita como parte de um esforço contínuo iniciado logo após ofensivas aéreas israelenses em Teerã, que atingiram cientistas e centros sensíveis iranianos no último fim de semana  . Trata-se de uma ampla campanha que soma sucessivas rodadas de ataques mútuos entre Teerã e Jerusalém.

O contexto, no entanto, sugere uma escalada rítmica e simétrica: o Irã com dezenas ou centenas de mísseis e drones — conforme fontes iranianas — e Israel respondendo diretamente no solo adversário. Essa dinâmica tensiona ainda mais a estabilidade regional  


Impactos diretos e preocupação civil

Autoridades de emergência israelenses notificaram impactos em áreas urbanas, incluindo Petah Tikva e centro de Tel Aviv, embora ainda sem confirmação oficial de vítimas graves. Há relatos de destruição parcial de edifícios e danos estruturais com estilhaços.

Em Haifa, ataques levaram a ferimentos leves, ao menos nove pessoas foram atingidas, segundo os serviços médicos locais  . A soma de incidentes eleva o número total de feridos e mortes desde o início dessa nova fase do conflito.

Os civis, mais uma vez, pagam o preço geopolítico. O alerta para abrigos, a interrupção de serviços e os momentos de pânico expõem uma população pressionada a lidar com o combate direto — não era esperado durante negociações diplomáticas.


Risco de escalada geral no Oriente Médio

O conflito israelense‑iraniano já impacta variáveis globais: a escalada elevou preços do petróleo e gerou apreensão nos mercados, enquanto rotas marítimas se encontram sob observação  . A chamada “Operação Verdadeira Promessa III” iraniana mobilizou mais de 150 mísseis e 100 drones, lançados em retaliação aos ataques prévio israelenses  

Em Teerã, apesar de sucessivos ataques israelenses contra alvos nucleares e de comando, especialistas avaliam que o Irã manteve sua capacidade de resposta  . A retórica oficial promete nova e maior ofensiva, indicando que ainda há força de reação.

A situação regional é frágil: milícias pró-iranianas e grupos extremistas no Líbano, Síria e Gaza monitoram e reavaliam suas ações. A possibilidade de um conflito em múltiplas frentes — envolvendo outros atores armados — torna urgente a atenção internacional.


Perspectivas diplomáticas e militarização

Autoridades israelenses indicaram que o objetivo não é derrubar Teerã, mas neutralizar capacidades estratégicas — uma mensagem dirigida aos EUA e aliados, evitando a percepção de uma guerra total . No entanto, o engajamento direto sobre solo iraniano representa um salto na atuação militar de Israel.

Já o Irã adota postura de retaliação equilibrada: mantém o ataque, mas tenta evitar confronto direto aberto, segundo analistas . Isso reforça o padrão de conflito por delegação e reacções cirúrgicas, não invasões territoriais.

A diplomacia internacional intensifica apelos por contenção. ONU, União Europeia e EUA já manifestaram preocupação diante da escalada — ao mesmo tempo em que evitam se envolver diretamente. O equilíbrio entre resposta militar, dissuasão e diplomacia fragilmente atravessa a tensão vigente.


O renovado ataque iraniano e a pronta retaliação israelense colocam o Oriente Médio diante de um momento delicado. Civis seguem expostos e governos pressionados, enquanto o mundo observa um jogo de estratégia que não aceita deslizes. No tabuleiro geopolítico, cada peça dispara mísseis — e o risco de tombo global permanece inabalável.