
Olhe bem para sua mãe. Ou para a mãe do seu filho. Ou para aquela vizinha que é mãe solo de três. Agora me diga: o que essas mulheres têm em comum? Todas carregam nas costas não apenas seus filhos, mas as negligências de uma sociedade que adora enfeitar o Dia das Mães, mas esquece do resto do ano.
A gente romantiza tanto o “dom de ser mãe” que esquece de cobrar o básico: apoio, políticas públicas, tempo livre, respeito, não violência. E nem venha com esse papo de que “mãe é tudo igual”, porque não é. Algumas podem contratar babás. Outras contam com a sorte de que a creche aceite mais um.
Então, não é cartão e rosa que resolvem. É estrutura, é política pública, é empatia e é coragem de olhar pra elas sem filtro do Instagram. Porque ser mãe, no Brasil, é ser heroína sem capa. E ainda ter que sorrir na foto de domingo.
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