
No palco iluminado da memória afetiva, as vilãs da teledramaturgia brasileira desfilaram com maestria, lembrando-nos que, por trás de cada maldade encenada, há uma atriz brilhante e uma história que nos prendeu ao sofá. Carminha, com seu olhar calculista; Nazaré, com suas escadas emblemáticas; Branca Letícia, com sua elegância cortante; e Perpétua, com seu mistério envolvente, mostraram que a maldade, quando bem interpretada, é uma arte que encanta.
A cena emblemática do especial de 60 anos da Globo não foi apenas uma homenagem, mas uma celebração do talento e da complexidade dessas personagens que, mesmo antagonistas, conquistaram o coração do público. Elas nos fizeram torcer, odiar, compreender e, acima de tudo, sentir.
Em um mundo onde o bem e o mal se entrelaçam, as vilãs nos lembram que a humanidade é feita de nuances. E, ao revê-las juntas, percebemos que, às vezes, é na sombra que brilha a luz mais intensa da dramaturgia.
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