O jogo entre Flamengo e Corinthians foi mais do que um clássico; foi uma demonstração de como dois projetos esportivos opostos colhem frutos distintos. De um lado, o Flamengo, que investe, organiza e planeja; do outro, o Corinthians, que tropeça em improvisos e administra crises com paliativos.
Pedro, símbolo da eficiência rubro-negra, iluminou a noite com dois gols e uma exibição de gala. Já o Corinthians encontrou em Hugo — e em sua falha tragicômica — o retrato fiel de sua derrocada. E de tanto o Corinthians descer ladeira abaixo e sempre ter alguém puxando com a mão, depois de uma recusada de Tite e a goleada de 4 a 0, irão soltar o braço de uma vez agora e a segunda divisão é a primeira ladeira a descer ou está cedo ainda para queda preeminente?
A pergunta é justa. O que se viu no Maracanã não foi apenas a derrota de um time, mas o colapso de um projeto esportivo falido diante da competência alheia. O futebol não perdoa quem insiste em andar de olhos vendados — e a Série B, implacável, parece cada vez mais próxima de quem não aprendeu com os próprios erros.
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