Hélio Liborio
Hélio Liborio

Flamengo atropela o Corinthians com brilho de Pedro e falha de Hugo: crise alvinegra se aprofunda

Com dois gols de Pedro e uma atuação dominante, Flamengo vence o Corinthians por 4 a 0 no Maracanã e agrava a crise do clube paulista.

Flamengo confirma favoritismo com autoridade no Maracanã

O Flamengo não tomou conhecimento do Corinthians neste sábado e aplicou uma goleada por 4 a 0 diante de um Maracanã lotado, em partida válida pela quinta rodada do Campeonato Brasileiro. Com dois gols de Pedro, um de Everton Cebolinha e outro de Lorran, o Rubro-Negro carioca dominou do início ao fim, ampliando ainda mais a fase instável da equipe paulista.

A atuação do time comandado por Tite foi impecável: controle da posse de bola, agressividade nas transições ofensivas e solidez defensiva. O Corinthians, por outro lado, apresentou um futebol desorganizado e emocionalmente frágil, acumulando mais um resultado vexatório em uma temporada que já se desenha como uma das mais difíceis de sua história recente.

De tanto o Corinthians descer ladeira abaixo e sempre ter alguém puxando com a mão, depois de uma recusada de Tite e a goleada de 4 a 0, irão soltar o braço de uma vez agora e a segunda divisão é a primeira ladeira a descer ou está cedo ainda para queda preeminente?


Pedro é o diferencial em um Flamengo avassalador

Pedro reafirmou seu protagonismo no Flamengo. Com dois gols — um de cabeça e outro em belo chute de primeira —, o camisa 9 mostrou toda sua técnica e faro de gol, sendo peça fundamental para a construção da vitória rubro-negra. Além dos tentos anotados, Pedro participou intensamente das articulações ofensivas.

No primeiro tempo, abriu o placar em um cruzamento de Wesley, aproveitando falha na marcação corinthiana. Logo no início da segunda etapa, ampliou após assistência de Arrascaeta, com um movimento técnico refinado e finalização precisa, sem chances para o goleiro Hugo.

O desempenho de Pedro é reflexo do trabalho de Tite em posicioná-lo como referência ofensiva sem limitar sua mobilidade. Sua presença e oportunismo deram ao Flamengo o domínio emocional e técnico da partida, transformando um clássico nacional em um treino de luxo para a torcida no Maracanã.


A falha de Hugo e o retrato da fragilidade corinthiana

Se o Flamengo brilhou, o Corinthians ofereceu cenas lamentáveis. O goleiro Hugo, ainda no segundo tempo, protagonizou um dos lances mais simbólicos da noite: ao tentar sair jogando, escorregou de forma bizarra e deixou a bola livre para Everton Cebolinha marcar o terceiro gol flamenguista.

Essa falha grotesca, imediatamente viralizada nas redes sociais, é muito mais do que um erro individual: simboliza a bagunça tática e emocional em que o Corinthians mergulhou. Sem comando firme, sem segurança defensiva e com jogadores visivelmente abatidos, o time paulista virou presa fácil para um adversário tecnicamente superior.

O descontrole após a falha de Hugo foi evidente. A equipe, que já vinha sendo dominada, desmoronou de vez, abrindo espaços e permitindo que o Flamengo transformasse o jogo em goleada. A cena patética escancarou uma dura realidade: o Corinthians precisa mais do que reforços — precisa reencontrar sua alma competitiva.


Domínio tático do Flamengo é a assinatura de Tite

A superioridade flamenguista foi produto de um plano de jogo bem executado. Tite, que recusou recentemente um convite para retornar ao Corinthians, demonstrou na prática por que sua escolha foi acertada: no Flamengo, encontrou um elenco qualificado e aberto a sua metodologia.

O Flamengo controlou o meio-campo com maestria, especialmente através de Pulgar e De La Cruz, que deram dinâmica e fluidez ao jogo. Os laterais apoiaram com eficiência, enquanto a linha defensiva anulou qualquer tentativa de reação corinthiana ainda no nascedouro.

A organização do Flamengo impressiona pela disciplina tática e pela capacidade de adaptação ao longo dos 90 minutos. É um time que sabe acelerar e também sabe controlar a partida, administrando o placar com inteligência — um atributo essencial para quem pretende ser campeão.


O Corinthians despenca: crise técnica e moral

O Corinthians vive dias de profundo desespero. A humilhação no Maracanã expôs um elenco carente de qualidade técnica, de liderança e de resiliência psicológica. António Oliveira, recém-chegado, ainda não conseguiu organizar minimamente o time, que parece perdido e entregue em campo.

As derrotas sucessivas e as atuações sofríveis geram uma espiral negativa que afasta a torcida e aumenta a pressão sobre a diretoria, que já sofre críticas severas pela falta de planejamento e pelas escolhas questionáveis no mercado de transferências. No campo, a situação é alarmante: ausência de padrão tático, erros primários de posicionamento e um ataque inofensivo.

De tanto o Corinthians descer ladeira abaixo e sempre ter alguém puxando com a mão, depois de uma recusada de Tite e a goleada de 4 a 0, irão soltar o braço de uma vez agora e a segunda divisão é a primeira ladeira a descer ou está cedo ainda para queda preeminente? A pergunta ecoa em Itaquera e no imaginário dos torcedores, cada vez mais preocupados com a possibilidade de reviver o trauma de 2007.


A tabela expõe a realidade: quem trabalha colhe, quem improvisa tropeça

Com o triunfo, o Flamengo assume a liderança provisória do Brasileirão, reforçando sua condição de favorito ao título. A consistência nas atuações e a profundidade do elenco tornam a equipe de Tite uma ameaça real em todas as competições que disputa.

Enquanto isso, o Corinthians se aproxima perigosamente da zona de rebaixamento. A goleada sofrida tem peso simbólico e prático: é um alerta de que, se medidas drásticas não forem tomadas, a temporada poderá se transformar em um pesadelo. A trajetória ladeira abaixo, tantas vezes evitada com puxões salvadores no passado, agora parece sem freio.

O abismo da Série B, que antes parecia um exagero pessimista, começa a ganhar contornos de realidade plausível para o clube alvinegro. O cenário atual exige muito mais do que discursos otimistas: requer ação enérgica, competência e uma profunda reformulação.

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