A Deam de Alagoinhas, responsável por atender casos de violência contra a mulher, está sob investigação após denúncias que apontam falhas na condução de procedimentos internos. A corregedora-chefe da Polícia Civil, Patrícia Barreto, designou uma comissão de correição extraordinária para apurar os fatos, conforme a Portaria nº 38/2025, publicada em 11 de abril.
Denúncias e abertura da investigação
As denúncias recebidas pela Corregedoria da Polícia Civil indicam possíveis irregularidades na condução de procedimentos investigativos na Deam de Alagoinhas. Entre as questões levantadas estão a falta de atendimento imediato às vítimas após o registro de ocorrências e o descumprimento de diretrizes protocolares.
A Portaria nº 38/2025, assinada pela corregedora-chefe Patrícia Barreto, estabelece a formação de uma comissão de correição extraordinária para verificar a regularidade na condução dos procedimentos policiais investigativos. A medida visa assegurar que as atribuições de responsabilidade do cargo estejam sendo desempenhadas adequadamente.
Além disso, a investigação buscará avaliar o acervo de bens apreendidos e o material bélico acautelado aos servidores policiais civis, conforme previsto na portaria. A comissão também verificará a adequação do efetivo de servidores para o desempenho das atividades ordinárias de investigação criminal e o exercício da função de polícia judiciária.
Repercussão na comunidade e entre autoridades
A abertura da investigação gerou preocupação entre os moradores de Alagoinhas, especialmente entre as mulheres que dependem dos serviços da Deam para proteção contra a violência doméstica. Organizações da sociedade civil e movimentos feministas locais manifestaram apoio à apuração dos fatos e cobraram transparência no processo.
Autoridades municipais e estaduais também se pronunciaram sobre o caso. A Secretaria de Segurança Pública da Bahia afirmou que acompanhará de perto as investigações e tomará as medidas necessárias para garantir o correto funcionamento da delegacia.
Enquanto isso, a Deam de Alagoinhas continua em funcionamento, atendendo às vítimas de violência. A expectativa é que a investigação seja concluída em breve, com a adoção de medidas corretivas, caso sejam identificadas irregularidades.