Hélio Liborio
Hélio Liborio

Mudança polêmica: São João 2025 será no Carneirão e gera críticas sobre impacto no esporte e equilíbrio de investimentos

São João no Carneirão — e o futebol vai pra onde? Enquanto a prefeitura prepara uma megaestrutura para o São João no Estádio Carneirão, ligas desportivas enfrentam cortes e abandono. Festa é bom, mas sem equilíbrio vira descaso. O forró vai ecoar no gramado — mas será que o futebol vai sobreviver?

A Prefeitura de Alagoinhas anunciou, na noite da última quinta-feira (10), que o tradicional São João da cidade terá uma nova casa: o Estádio Carneirão. A mudança do espaço, antes realizado na Avenida Joseph Wagner, dividiu opiniões entre moradores e gerou preocupações sobre o futuro do principal espaço esportivo do município.

De acordo com a gestão municipal, o novo local oferecerá mais segurança, conforto e infraestrutura para realização do evento. A proposta é ampliar a festa, atrair mais turistas e consolidar Alagoinhas entre os principais destinos juninos do estado.

Porém, a decisão também gerou críticas. Representantes do futebol amador e parte da sociedade civil apontam riscos à estrutura do estádio e questionam a ausência de diálogo com os setores impactados pela mudança. O uso intensivo do Carneirão como praça de eventos pode comprometer o campo e os espaços internos, dificultando a prática esportiva no período pós-festa.

Além disso, outra polêmica ronda a Secretaria de Cultura, Esporte e Turismo: ligas desportivas da cidade denunciam cortes de até 40% nas emendas que seriam destinadas à organização dos campeonatos locais, sob a justificativa de contenção de gastos. O argumento causa estranhamento diante da previsão de investimentos robustos na nova estrutura do São João 2025.

O futebol amador, que movimenta centenas de jovens e comunidades em Alagoinhas, já tem orçamento previsto na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2025. Mesmo assim, não estaria recebendo os valores de forma integral, o que compromete premiações, arbitragem, troféus e organização dos campeonatos.

Diante do cenário, lideranças culturais e esportivas pedem mais equilíbrio entre os investimentos em grandes festas e o fortalecimento das bases comunitárias e esportivas da cidade.

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