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Hélio Liborio

Governo Lula atribui queda na reprovação em pesquisas ao crescimento da economia

Melhora nos indicadores econômicos coincide com redução na desaprovação do presidente entre faixas de renda mais altas, segundo análise do governo.

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva observa uma recente diminuição na desaprovação de sua gestão, especialmente entre os segmentos de renda mais elevada. Essa tendência é atribuída por assessores do Planalto à melhora nos indicadores econômicos, que teriam influenciado positivamente a percepção de parte do eleitorado. No entanto, a popularidade do presidente permanece desafiada entre os brasileiros de menor renda, tradicionalmente sua base de apoio.


Desempenho Econômico e Percepção Pública

A economia brasileira apresentou sinais de recuperação, com o Produto Interno Bruto (PIB) registrando crescimento de 3,4% em 2024. Para 2025, o Ministério da Fazenda projeta uma expansão de 2,3%, superando a mediana das estimativas do mercado, que aponta para 2,01% . Esses dados positivos são vistos pelo governo como fatores que contribuem para a melhora na avaliação presidencial.

Além do crescimento do PIB, a inflação também apresentou tendência de queda. Economistas reduziram a projeção do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 5,46% ao final de 2025 . A diminuição da inflação é percebida como um alívio para os consumidores, especialmente os de renda mais alta, que notaram uma melhora no poder de compra.

A combinação de crescimento econômico e controle da inflação parece ter impactado positivamente a percepção do governo entre os brasileiros que ganham acima de dois salários mínimos. Nesse grupo, a desaprovação ao presidente Lula caiu, enquanto a aprovação apresentou aumento, conforme dados recentes .


Desafios na Base Eleitoral Tradicional

Apesar das melhorias econômicas, o governo enfrenta dificuldades para reconquistar o apoio de sua base eleitoral tradicional, composta majoritariamente por brasileiros de menor renda. Pesquisas indicam que a desaprovação ao presidente permanece elevada entre os que ganham até dois salários mínimos, refletindo insatisfações persistentes .

A alta nos preços de alimentos, combustíveis e energia elétrica afetou significativamente o orçamento das famílias de baixa renda, contribuindo para a percepção negativa do governo . Além disso, a crise relacionada ao sistema de pagamentos instantâneos, o Pix, gerou descontentamento nesse segmento da população.

O governo reconhece a necessidade de intensificar políticas públicas direcionadas aos mais pobres para reverter esse cenário. Programas sociais e iniciativas de transferência de renda estão sendo reavaliados para melhor atender às demandas dessa parcela da população.


Estratégias de Comunicação e Expectativas Futuras

Diante dos desafios na popularidade, o governo tem buscado aprimorar sua estratégia de comunicação. A chegada de novos profissionais ao núcleo de comunicação do Planalto visa tornar as ações governamentais mais visíveis e compreensíveis para a população .

A administração federal aposta que a continuidade da recuperação econômica e a implementação eficaz de políticas sociais poderão melhorar a imagem do governo até as eleições de 2026. Líderes governistas acreditam que, ao demonstrar resultados concretos, será possível reconquistar a confiança do eleitorado .

No entanto, analistas políticos alertam que a recuperação da popularidade presidencial dependerá não apenas de indicadores econômicos, mas também da capacidade do governo em comunicar suas realizações e responder às demandas sociais de forma eficaz.


A recente queda na desaprovação do presidente Lula entre brasileiros de renda mais alta é atribuída pelo governo à melhora nos indicadores econômicos. Entretanto, a manutenção de altos índices de reprovação entre os mais pobres destaca a necessidade de políticas públicas mais eficazes e de uma comunicação governamental que alcance todos os segmentos da sociedade. O desafio do governo é equilibrar o crescimento econômico com a inclusão social, garantindo que os benefícios do desenvolvimento sejam percebidos por toda a população.