Em Alagoinhas, o DNA do prefeito é de micareta permanente. O Bahia Beer, o São João, o carnaval fora de época… Tudo vira festival menos a gestão do básico. Enquanto a cerveja esfriaria rápido, a memória do eleitor aquece devagar – e com quatro anos de maratona de festas, corre-se o risco de virar anestesia crônica. Porque, no fundo, ninguém lembra do asfalto que não veio, mas guarda na mente o trio elétrico que passou. A cidade merece celebração, sim. Mas merece mais ainda saúde, educação e saneamento. E, se precisa escolher, a conta pública deveria privilegiar quem paga imposto antes de quem bebe cerveja.
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