
No tabuleiro sinistro da guerra, as palavras do assessor de Putin — “fim do mundo”, “guerra nuclear” — tentam transformar armamento em intimidação psicológica.
A estratégia é clara: se vocês ousarem avançar, o inimaginável acontecerá. É ameaça ou chantagem?
Mas cuidado: após repetir esse discurso vezes demais, a bomba verbal pode se tornar realidade. Afinal, quem aconchega retórica tão perigosa?
A fração diplomática da troca de prisioneiros ainda salva uma fresta na dura realidade da guerra. Mas é pouco diante de provocações nucleares.
Enquanto isso, a OTAN e a diplomacia ocidental precisam decidir se respondem com firmeza ou se retraem, alimentando erros de cálculo perigosíssimos.
E nós, espectadores globais, devemos cobrar responsabilidade e transparência: é inadmissível que retórica apocalíptica conviva com o silêncio complacente do mundo livre.
O aviso russo pode até soar como blefe, mas a conta pode chegar — e rápido. Quando a arma é nuclear, não há margem para aplausos midiáticos, apenas tragédias históricas.
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