Em uma noite de expectativas e tensão no Estádio Beira-Rio, o Esporte Clube Bahia viu suas chances na Conmebol Libertadores serem encerradas após uma virada sofrida diante do Internacional. Apesar de sair na frente com gol de Jean Lucas, o Tricolor baiano não conseguiu segurar a vantagem e acabou derrotado por 2 a 1, resultado que culminou na eliminação da equipe da competição continental. O técnico Rogério Ceni, em entrevista coletiva, atribuiu a derrota à falta de maturidade do elenco em momentos cruciais da partida.
Desenvolvimento
O jogo e a virada colorada
O Bahia entrou em campo ciente da necessidade de um resultado positivo para avançar às oitavas de final da Libertadores. A equipe demonstrou organização e conseguiu abrir o placar no segundo tempo com Jean Lucas. No entanto, a vantagem durou pouco: menos de um minuto após o gol, Vitinho empatou para o Internacional, e posteriormente Borré selou a virada, decretando a eliminação do Tricolor.
A rápida reação do adversário expôs fragilidades na concentração e na capacidade de manter o controle emocional após momentos de euforia. A defesa baiana, que vinha se comportando de forma sólida, mostrou-se vulnerável diante da pressão colorada, permitindo a virada que definiu o destino da equipe na competição.
A derrota não apenas significou a eliminação da Libertadores, mas também evidenciou a necessidade de amadurecimento do elenco para enfrentar desafios de alto nível, especialmente em competições internacionais onde a margem para erros é mínima.
Análise de Rogério Ceni
Na entrevista pós-jogo, Rogério Ceni foi enfático ao apontar a falta de maturidade como fator determinante para o resultado adverso. O treinador destacou que, apesar de a equipe ter feito “a parte mais difícil” ao abrir o placar, não conseguiu sustentar a vantagem, sofrendo o empate em menos de um minuto. Para Ceni, esse tipo de falha demonstra a necessidade de maior experiência e concentração por parte dos jogadores.
Ceni também ressaltou que o gol de empate do Internacional não resultou de uma jogada trabalhada, mas sim de um “chutão para frente”, o que, segundo ele, torna o erro ainda mais grave. O técnico lamentou a eliminação, afirmando que a equipe trabalhou muito para chegar até ali e que a falta de experiência em competições como a Libertadores pesou no momento decisivo.
Apesar da frustração, o treinador procurou manter o foco no futuro, mencionando a importância de aprender com os erros e de utilizar a experiência adquirida para crescer nas próximas competições.
Campanha na Libertadores e projeções futuras
A trajetória do Bahia na Libertadores foi marcada por altos e baixos. A equipe iniciou a fase de grupos com um empate contra o próprio Internacional e obteve vitórias importantes contra Nacional e Atlético Nacional. No entanto, tropeços em jogos-chave, como a derrota em casa para o Nacional, comprometeram a classificação.
Com a eliminação, o Bahia agora volta suas atenções para a Copa Sul-Americana, competição que, segundo Ceni, é “muito difícil” e “equilibradíssima”. O treinador destacou que a Sul-Americana é uma extensão do Campeonato Brasileiro, com equipes de alto nível, e que não existe favoritismo. Ele também mencionou a necessidade de uma pré-temporada para crescer na parte física e de focar no Campeonato Brasileiro.
O próximo desafio do Bahia será contra o São Paulo, na Arena Fonte Nova, pela 11ª rodada do Brasileirão. A equipe busca retomar a confiança e manter o bom desempenho na competição nacional, utilizando as lições aprendidas na Libertadores para fortalecer o grupo e alcançar melhores resultados.
Repercussão e lições para o futuro
A eliminação do Bahia na Libertadores gerou diversas reações entre torcedores e analistas. Muitos apontaram a falta de experiência internacional do elenco como um fator determinante para o insucesso, enquanto outros destacaram a necessidade de reforços e de uma maior profundidade no elenco para enfrentar competições simultâneas.
A diretoria do clube, por sua vez, reiterou o compromisso com o projeto de longo prazo e com o desenvolvimento de uma equipe competitiva. A parceria com o City Football Group tem sido vista como uma oportunidade para implementar uma gestão profissional e para atrair talentos que possam elevar o nível do time.
Para os jogadores, a experiência na Libertadores servirá como aprendizado e como motivação para buscar melhores resultados nas próximas temporadas. A maturidade mencionada por Ceni é um processo em construção, e a vivência em jogos de alta pressão é fundamental para o crescimento individual e coletivo do grupo. A eliminação na Conmebol Libertadores representa um revés significativo para o Bahia, mas também oferece uma oportunidade de reflexão e de crescimento. A equipe demonstrou potencial e capacidade de competir em alto nível, mas a falta de maturidade em momentos decisivos evidenciou áreas que necessitam de aprimoramento. Com foco nas competições futuras e no desenvolvimento contínuo do elenco, o Tricolor baiano busca transformar a decepção em motivação para alcançar novos patamares.