A pergunta que fica na boca dos políticos de Alagoinhas é: quem assume? A resposta, no entanto, é a menos importante. O que importa é a razão pela qual essa cadeira está vazia. O pitaco é que a política local, de tão acostumada com seus próprios ritos e acordos de bastidores, esqueceu o básico: a lei.
O caso de Alagoinhas não é sobre um terceiro mandato, é sobre a cegueira política. De tão unânimes, os vereadores, tanto da base quanto da oposição, se esqueceram que existem regras que não podem ser dobradas. Eles criaram um vácuo de poder, um hiato na lei, que a Justiça precisou preencher. A grande ironia é que a Câmara, que faz as leis, precisou ser lembrada por um juiz que suas leis internas não podem se sobrepor às leis superiores. A democracia municipal, neste caso, foi salva de si mesma.
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