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Hélio Liborio

Pitaco

“Metralhadoras somem, punição chega tarde, culpa sobra”

Português

Perder armas pesadas do Exército é mais do que um deslize: é uma falha institucional tão grave que exige respostas firmes e imediatas.
A Justiça Militar agiu com força e autonomia, mas evitou tocar em penas proporcionais para os oficiais superiores. Aquele tenente-coronel? Levou só seis meses de suspensão. E a lição? Punições “meia-boca” só reforçam a impressão de impunidade em escalões mais altos.
Ao mesmo tempo, facções criminosas recebendo armas antiaéreas representam um pesadelo para a segurança pública. O problema não foi resolvido: duas metralhadoras continuam à solta — potencialmente viabilizando ataques que não se apagam com lenha ou remendos.
Aqui vai um spoiler: ilusão de que tudo está sob controle não vale contra o crime armado. Enquanto os graduados de colarinho branco dormem, quem dá plantão nas ruas não esquece. E completar a Guarda Nacional? Só se for para guardar o estofo moral da instituição.

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