
O recente reajuste de 40% na tarifa de esgoto em Alagoinhas levanta questões fundamentais sobre a transparência e o diálogo na gestão pública. Embora a medida esteja respaldada por legislações e tenha como objetivo garantir a sustentabilidade do sistema de esgotamento sanitário, a forma como foi conduzida evidencia a necessidade de maior participação e comunicação com a população.
A ausência de debates públicos e a falta de informações claras sobre o reajuste geraram insatisfação entre os moradores, que se sentiram surpreendidos e desamparados. A gestão pública deve priorizar a construção de políticas participativas, onde as decisões sejam tomadas com base em consultas e diálogos com os cidadãos, especialmente em temas que impactam diretamente o cotidiano das pessoas.
Além disso, é fundamental que os recursos arrecadados com o reajuste sejam aplicados de forma eficiente e transparente, com prestação de contas regular à população. Investimentos em infraestrutura, manutenção e expansão dos serviços de saneamento devem ser prioridades, garantindo que todos os cidadãos tenham acesso a serviços de qualidade.
A situação em Alagoinhas serve como um alerta para a importância de uma gestão pública comprometida com a transparência, a participação cidadã e a responsabilidade social. Somente por meio do diálogo e da construção coletiva de soluções será possível promover o desenvolvimento sustentável e o bem-estar da comunidade.
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