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Hélio Liborio

Pitaco

Maturidade: o ingrediente que faltou ao Bahia na Libertadores

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A recente eliminação do Bahia na Conmebol Libertadores trouxe à tona uma questão crucial para o desenvolvimento de equipes em ascensão: a maturidade. O Tricolor baiano, sob o comando de Rogério Ceni, demonstrou organização tática e capacidade técnica, mas sucumbiu nos momentos em que a experiência e o controle emocional se fazem mais necessários.
O jogo contra o Internacional foi emblemático nesse sentido. Após abrir o placar, o Bahia não conseguiu manter a concentração e sofreu o empate em menos de um minuto. Esse tipo de falha não é apenas técnica; é, sobretudo, mental. A capacidade de administrar a vantagem e de manter o foco após momentos de euforia é característica de equipes maduras, habituadas a enfrentar adversidades em ambientes hostis.
Rogério Ceni, em sua análise pós-jogo, foi preciso ao apontar a falta de maturidade como fator determinante para a derrota. Sua experiência como jogador e treinador em competições de alto nível lhe confere autoridade para identificar esse tipo de deficiência. No entanto, é importante reconhecer que a construção de uma equipe madura é um processo que demanda tempo, investimento e, principalmente, vivência em situações de pressão.
A parceria com o City Football Group oferece ao Bahia uma estrutura propícia para esse desenvolvimento. Com uma gestão profissional e recursos adequados, o clube tem condições de atrair jogadores experientes e de formar um elenco equilibrado, que combine juventude e vivência. Além disso, a continuidade do trabalho de Ceni é fundamental para consolidar uma filosofia de jogo e para implementar uma cultura vencedora.
A participação na Copa Sul-Americana e no Campeonato Brasileiro representa uma nova oportunidade para o Bahia amadurecer como equipe. Enfrentar adversários de alto nível em diferentes contextos permitirá ao elenco adquirir a experiência necessária para lidar com situações adversas. É essencial que o clube encare essas competições não apenas como metas a serem alcançadas, mas como etapas de um processo contínuo de evolução.
Em suma, a eliminação na Libertadores, embora dolorosa, deve ser encarada como um ponto de inflexão para o Bahia. A maturidade que faltou neste momento pode ser conquistada com trabalho, paciência e aprendizado. O caminho para o sucesso é árduo, mas com a estrutura adequada e a mentalidade correta, o Tricolor baiano tem todas as condições de se firmar como uma força consistente no cenário sul-americano.

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