O Ministério da Saúde anunciou, em 6 de maio de 2025, a abertura de um novo edital do programa Mais Médicos, visando ampliar o acesso à atenção primária no Sistema Único de Saúde (SUS). No estado da Bahia, estão previstas 316 vagas distribuídas em 182 municípios, incluindo áreas de alta vulnerabilidade social e distritos sanitários indígenas. As inscrições para os profissionais interessados estarão abertas até o dia 8 de maio.
Distribuição das vagas na Bahia
Das 316 vagas destinadas à Bahia, 310 serão distribuídas entre 176 municípios, enquanto as outras seis serão alocadas no Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Bahia. A capital, Salvador, lidera com 12 oportunidades, seguida por cidades como Feira de Santana e Vitória da Conquista. A maioria das vagas está concentrada em municípios com alta ou muito alta vulnerabilidade social, totalizando 232 posições em 143 localidades .
A seleção dos municípios contemplados levou em consideração critérios como a proporção de médicos por habitante e indicadores socioeconômicos. Essa estratégia visa fortalecer a assistência nas regiões remotas e de maior vulnerabilidade social, promovendo maior equidade no acesso à saúde.
Além disso, o edital contempla a atuação em áreas indígenas, reforçando o compromisso com a saúde das populações tradicionais e respeitando suas especificidades culturais e regionais.
Objetivos e metas do programa
O programa Mais Médicos tem como principal objetivo suprir a carência de profissionais de saúde em regiões com déficit de atendimento médico, especialmente na atenção primária. A iniciativa busca garantir o acesso universal e igualitário da população aos serviços do SUS, fortalecendo a Estratégia Saúde da Família.
Além da provisão imediata de médicos, o programa também visa desenvolver e intensificar a formação de especialistas em medicina de família e comunidade, estimulando a presença contínua de profissionais no SUS .
Com a abertura deste novo edital, o governo espera não apenas preencher as lacunas existentes, mas também promover uma distribuição mais equilibrada de médicos pelo território nacional, reduzindo as desigualdades regionais em saúde.
Desafios e perspectivas
Apesar dos avanços proporcionados pelo programa, desafios persistem na fixação dos profissionais nas áreas mais remotas e vulneráveis. Fatores como infraestrutura precária, isolamento geográfico e falta de incentivos podem dificultar a permanência dos médicos nessas localidades.
Para enfrentar essas questões, o governo tem investido em melhorias nas condições de trabalho, oferecendo bolsas, auxílio-moradia e capacitação contínua. A colaboração com os municípios também é fundamental para garantir o suporte necessário aos profissionais alocados.
A continuidade e o aprimoramento do programa dependem de políticas públicas consistentes e do engajamento de todos os atores envolvidos, visando a construção de um sistema de saúde mais justo e eficiente.