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Hélio Liborio

Tuta, sucessor de Marcola no PCC, é capturado na Bolívia e transferido para presídio federal em Brasília

Marcos Roberto de Almeida, conhecido como Tuta, foi preso em Santa Cruz de la Sierra, Bolívia, e transferido para o presídio federal de Brasília. Ele é apontado como sucessor de Marcola na liderança do Primeiro Comando da Capital (PCC).

A captura de Marcos Roberto de Almeida, o Tuta, marca um importante avanço no combate ao crime organizado transnacional. Apontado como sucessor de Marcola na liderança do PCC, Tuta foi preso na Bolívia e transferido para o presídio federal de Brasília. Sua prisão evidencia a atuação internacional da facção e a necessidade de cooperação entre países para enfrentar organizações criminosas.


A prisão na Bolívia

Tuta foi detido em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, quando tentava renovar sua documentação utilizando um documento brasileiro falso. A polícia boliviana identificou a fraude e acionou as autoridades brasileiras e a Interpol. A base biométrica da Polícia Federal permitiu a confirmação da identidade de Tuta, possibilitando sua detenção por uso de documentos falsos.  

Após a prisão, Tuta foi entregue às autoridades brasileiras em Corumbá, Mato Grosso do Sul. A transferência para o presídio federal de Brasília foi realizada em uma aeronave da Polícia Federal. O presídio é conhecido por abrigar lideranças criminosas de alta periculosidade, como Marcola.  

A operação contou com a colaboração entre a Polícia Federal brasileira, a polícia boliviana e a Interpol, demonstrando a importância da cooperação internacional no combate ao crime organizado. A prisão de Tuta é considerada uma vitória significativa na luta contra o PCC.


O papel de Tuta no PCC

Marcos Roberto de Almeida estava foragido desde 2021 e foi condenado no Brasil a mais de 12 anos por diversos crimes, incluindo associação criminosa e lavagem de capitais. O Ministério Público de São Paulo apontou Tuta como responsável por movimentar cerca de R$ 1 bilhão para a organização criminosa entre 2018 e 2019.  

Ele é indicado como um dos principais articuladores de um esquema internacional de lavagem de dinheiro vinculado ao PCC. Além disso, Tuta era apontado como a principal liderança da facção fora das cadeias, mantendo contato direto com outros líderes presos, incluindo Marcola.  

A prisão de Tuta representa um golpe significativo na estrutura de comando do PCC, que é a maior organização criminosa do Brasil, com atuação em todo o território nacional e em países fronteiriços, como Paraguai, Bolívia, Colômbia e Venezuela.  


Implicações para o combate ao crime organizado

A captura de Tuta destaca a importância da cooperação internacional no enfrentamento de organizações criminosas transnacionais. A atuação do PCC em países vizinhos, como a Bolívia, evidencia a necessidade de estratégias conjuntas entre as nações para combater o crime organizado.

A prisão também levanta questões sobre a presença de outros foragidos do PCC na Bolívia. Relatórios de inteligência apontam que criminosos foragidos se concentram principalmente em Santa Cruz de la Sierra, onde Tuta foi preso.  

A transferência de Tuta para o presídio federal de Brasília visa isolar lideranças criminosas e impedir a continuidade de suas atividades dentro do sistema prisional. O presídio é conhecido por sua segurança máxima e por abrigar presos de alta periculosidade.