Em entrevista concedida ao programa Canal Livre, da Band, o ex-presidente Michel Temer abordou sua relação com os também ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Temer afirmou não manter contato com ambos, mas ressaltou não guardar ressentimentos. Ele também criticou o uso recorrente do termo “golpe” por parte de Lula ao se referir ao processo de impeachment de Dilma, considerando tal discurso uma estratégia para agradar a aliados políticos.
Relação com Lula e Dilma
Durante a entrevista, Temer foi questionado sobre sua relação atual com Lula e Dilma. Ele respondeu que não mantém contato com nenhum dos dois, mas enfatizou que não há ressentimentos de sua parte. “Não tenho contato, mas nenhum ressentimento”, afirmou o ex-presidente.
Temer destacou que, apesar das divergências políticas e dos acontecimentos passados, não carrega mágoas em relação aos ex-presidentes. Ele ressaltou a importância de separar questões pessoais de desavenças políticas, mantendo uma postura de respeito institucional.
A declaração de Temer sugere uma tentativa de adotar uma postura conciliadora e de superação de conflitos passados, buscando focar no presente e no futuro do país.
Críticas ao discurso do ‘golpe’
O ex-presidente criticou o uso contínuo do termo “golpe” por parte de Lula ao se referir ao impeachment de Dilma Rousseff. Temer argumentou que tal discurso é utilizado por Lula como uma estratégia para agradar a aliados políticos e manter a coesão dentro de seu grupo.
Ele afirmou que o processo de impeachment seguiu os trâmites legais e constitucionais, sendo aprovado pelo Congresso Nacional e pelo Supremo Tribunal Federal. Para Temer, insistir na narrativa de “golpe” deslegitima as instituições democráticas e enfraquece o debate político.
Temer também ressaltou que, ao perpetuar esse discurso, Lula contribui para a polarização política e dificulta a construção de consensos necessários para o avanço do país.
Reflexões sobre o cenário político atual
Durante a entrevista, Temer compartilhou suas reflexões sobre o atual cenário político brasileiro. Ele destacou a importância do diálogo entre os poderes e a necessidade de reformas estruturais para o desenvolvimento do país.
O ex-presidente enfatizou que o Brasil enfrenta desafios significativos, como a necessidade de reformas na Previdência e no sistema tributário. Ele defendeu que essas mudanças são essenciais para garantir a sustentabilidade fiscal e promover o crescimento econômico.
Temer também alertou para os riscos da polarização política e da falta de consenso entre os diferentes atores políticos. Ele argumentou que a construção de pontes e o fortalecimento do diálogo são fundamentais para superar as divisões e promover a estabilidade institucional.
A entrevista de Michel Temer ao Canal Livre oferece uma visão sobre sua postura em relação a ex-colegas de governo e ao atual cenário político. Ao afirmar não guardar ressentimentos de Lula e Dilma, mas criticar o uso do termo “golpe”, Temer busca adotar uma posição de equilíbrio e respeito institucional. Suas reflexões sobre os desafios políticos e econômicos do país ressaltam a importância do diálogo e da construção de consensos para o avanço do Brasil.