Hélio Liborio
Hélio Liborio

Polarização política e segundo turno no Equador acendem alerta para a democracia na América Latina

Polarização política se alastra pela América Latina e ameaça a democracia plural. Empate técnico no Equador e o radicalismo ideológico acendem alerta: democracia não amadurece com extremismo. É hora do eleitor brasileiro romper o ciclo da manipulação e retomar o pensamento crítico.

O cenário político equatoriano, marcado por um segundo turno acirrado entre candidatos da direita e da esquerda, reacende um debate urgente para toda a América Latina: os impactos nocivos da polarização política nas democracias da região. Em meio ao empate técnico registrado nas pesquisas, observa-se o avanço de uma lógica de confronto que vem substituindo o diálogo e o debate de propostas.

No Brasil, a experiência recente com o radicalismo político ainda deixa feridas abertas. A cada novo ciclo eleitoral, a polarização transforma cidadãos em torcedores, endurecendo os extremos e enfraquecendo o centro democrático. A convivência política se torna inviável, e os projetos de nação se dissolvem em discursos inflamados que visam apenas a manutenção do poder.

Especialistas alertam que a polarização não fortalece a democracia – ao contrário, ela a deforma. O eleitor deixa de avaliar os candidatos por suas propostas e histórico, passando a apoiá-los incondicionalmente com base em afetos ideológicos ou repulsa ao “inimigo”.

Diante da disputa no Equador e das movimentações políticas no Brasil, torna-se cada vez mais urgente um chamado ao senso crítico da população. É necessário enxergar além da superfície das narrativas e compreender que democracia se faz com pluralidade, respeito, lucidez e responsabilidade.

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