O futebol brasileiro, já tão desgastado por episódios de violência nos estádios, rivalidades exacerbadas, arbitragem contestada e o avanço agressivo das apostas esportivas, agora se vê diante de mais uma sombra: a suspeita de envolvimento de um árbitro do VAR com sites de apostas.
A denúncia, segundo informações veiculadas na imprensa, motivou a suspensão temporária do profissional enquanto Ministério Público e Polícia Federal apuram os fatos. O que se investiga, ao que tudo indica, não é apenas o acesso às plataformas de apostas, mas possíveis correlações entre datas de jogos e movimentações nessas plataformas.
Ainda é cedo para conclusões, mas o simples fato de um árbitro estar sob investigação por esse tipo de relação já abala a confiança no sistema de arbitragem, especialmente na tecnologia do VAR, cuja função deveria ser justamente a de garantir mais justiça aos jogos.
As entidades responsáveis adotaram uma postura cautelosa, afastando o árbitro enquanto a apuração segue. É uma medida prudente — e necessária. O futebol brasileiro, já fustigado por tantas suspeitas, não pode tolerar sequer a aparência de conflito de interesses.
Mais do que apontar culpados antes da hora, o momento exige rigor na investigação, transparência nos processos e compromisso com a ética. Porque se até o VAR começa a jogar dos dois lados, a dúvida passa a ser o único juiz em campo.
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