Hélio Liborio
Hélio Liborio

Anvisa proíbe suplementos com ora-pro-nóbis

Anvisa veta suplementos com ora-pro-nóbis. Riscos à saúde, segundo a agência.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) causou surpresa e polêmica ao proibir a comercialização de suplementos alimentares que contenham a ora-pro-nóbis como ingrediente. A decisão, anunciada recentemente, gerou debates entre consumidores, produtores e especialistas, levantando questionamentos sobre os reais riscos à saúde associados ao consumo da planta e o rigor das avaliações da agência. A proibição, que entra em vigor em breve, afeta diversos produtos já disponíveis no mercado, impactando uma indústria que via na ora-pro-nóbis uma alternativa natural e promissora. Compreender os motivos por trás dessa decisão é crucial para avaliar suas implicações e o futuro do uso dessa planta na indústria de suplementos.

Anvisa justifica decisão com estudos recentes

A Anvisa baseia sua decisão na análise de estudos científicos recentes que apontam potenciais riscos à saúde associados ao consumo de ora-pro-nóbis em suplementos. Esses estudos, ainda não divulgados publicamente em sua totalidade, levantaram preocupações sobre a presença de substâncias tóxicas em algumas amostras analisadas, assim como a falta de comprovação científica da eficácia e segurança de seus supostos benefícios para a saúde. A agência reforça a necessidade de cautela, especialmente considerando a crescente popularidade da planta e o consequente aumento da produção e comercialização de suplementos à base dela.

A agência ressalta que a proibição não se aplica ao consumo in natura da ora-pro-nóbis, utilizada tradicionalmente na culinária de algumas regiões do Brasil. A Anvisa esclarece que a proibição se concentra nos suplementos alimentares, produtos que passam por processos de industrialização que podem influenciar a concentração de substâncias e, consequentemente, aumentar os riscos à saúde. A falta de controle rigoroso na produção desses suplementos também é um fator crucial na justificativa da agência.

A Anvisa afirma que continuará monitorando a situação e realizando novas pesquisas para aprofundar o conhecimento sobre a ora-pro-nóbis e seus possíveis efeitos. A agência se compromete a manter a transparência e a divulgar novas informações à medida que elas estiverem disponíveis. A expectativa é que, com mais pesquisas, seja possível estabelecer diretrizes mais claras sobre o uso seguro da planta, tanto para consumo in natura quanto na produção de suplementos.

Planta apresenta riscos à saúde, alerta agência

A Anvisa alerta para a possibilidade de reações adversas em indivíduos que consumam suplementos contendo ora-pro-nóbis, especialmente em altas doses. Os estudos que embasaram a proibição apontam para a presença de compostos que, em determinadas concentrações, podem causar problemas gastrointestinais, reações alérgicas e, em casos mais graves, danos ao fígado e aos rins. A agência enfatiza a importância de se consultar um médico antes de iniciar o consumo de qualquer suplemento alimentar, independente do ingrediente principal.

A falta de regulamentação específica para suplementos à base de ora-pro-nóbis também contribuiu para a decisão da Anvisa. A agência destaca a dificuldade em garantir a qualidade e a segurança dos produtos comercializados, uma vez que não há padrões definidos para a produção e o controle de qualidade desses suplementos. Essa falta de controle aumenta o risco de contaminação e de variação na concentração de substâncias, potencializando os efeitos adversos.

A Anvisa reforça que a proibição é uma medida preventiva para proteger a saúde da população. A agência entende que os potenciais riscos associados ao consumo de suplementos de ora-pro-nóbis superam os benefícios alegados, principalmente considerando a ausência de comprovação científica sólida a respeito de suas propriedades terapêuticas. A prioridade da Anvisa é garantir a segurança dos consumidores, e a proibição temporária visa a mitigar os riscos até que haja mais evidências científicas que permitam uma avaliação mais completa e segura.

A proibição dos suplementos com ora-pro-nóbis representa uma mudança significativa na regulamentação de produtos naturais no Brasil. A decisão da Anvisa demonstra a importância da vigilância sanitária e a necessidade de comprovação científica rigorosa para garantir a segurança dos consumidores. A situação destaca o desafio de equilibrar o uso de plantas medicinais tradicionais com a necessidade de assegurar a segurança e a saúde pública.

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