Hélio Liborio
Hélio Liborio

Pitaco

QUEM RI POR ÚLTIMO…

Português

A Arena Fonte Nova tremeu. O jogo foi tenso, a emoção pulsou do início ao fim, e o desfecho foi daqueles que só o futebol pode proporcionar. Mas, no final das contas, a história se repetiu: o Bahia venceu. De novo. E o torcedor do Vitória? Bom, esse ficou com o gosto amargo da decepção.
O “Campeonato do Milhão” e o silêncio rubro-negro
Em 2024, os torcedores do Vitória fizeram questão de alardear a conquista do título baiano, rotulando o rival como “time do milhão” em referência à disparidade financeira entre os clubes. O troco veio rápido. Em 2025, foi o próprio Bahia que levantou a taça, dessa vez, em cima do maior rival. A ironia do destino é cruel e implacável, e os rubro-negros sentiram isso na pele.
A torcida do Vitória, que tanto vibrou no ano anterior, agora se calou diante de uma derrota nos pênaltis que escancarou a diferença entre os dois times. Falaram, zombaram, tripudiaram, mas no final, viram o Esquadrão de Aço comemorar o título mais importante do futebol baiano.
O jogo: tensão, suor e um destino inevitável
A partida foi digna de decisão. O primeiro tempo foi brigado, disputado palmo a palmo, com poucas chances claras para ambos os lados. O Vitória até que tentou se impor, mas encontrou um Bahia firme na defesa, sabendo sofrer e esperando o momento certo para atacar.
No segundo tempo, o rubro-negro teve um lampejo de esperança ao abrir o placar de pênalti. O grito de gol ecoou com força, mas a alegria durou pouco. O Bahia reagiu, empatou em uma jogada ensaiada de escanteio e voltou a comandar as ações. Nos minutos finais, o clima era de desespero para o lado do Vitória, que viu a vantagem escapar e a decisão ir para os pênaltis.
E foi aí que o Bahia mostrou quem realmente manda.
Vitória? Só no nome
Nos pênaltis, o goleiro tricolor brilhou. O Bahia bateu com maestria, enquanto os rubro-negros sentiram o peso da responsabilidade e desperdiçaram suas chances. A cada defesa do arqueiro tricolor, o silêncio na parte vermelha da Fonte Nova era ensurdecedor. O Esquadrão converteu todas as suas cobranças, provando que, além de talento, tem nervos de aço para encarar decisões.
Quando o último pênalti entrou, não houve dúvida: o Bahia era campeão. O Vitória, que tanto provocou o rival no ano anterior, desta vez saiu de campo cabisbaixo, engolindo seco a frustração de perder um título para o adversário que tanto menosprezou.
A história não perdoa
Os torcedores do Vitória, que adoram zombar das derrotas do Bahia, agora precisam encarar o espelho e refletir sobre sua própria realidade. O futebol é cíclico, e a soberba cobra seu preço. Em 2024, tripudiaram; em 2025, engoliram seco. E assim segue o ciclo: o Bahia campeão, e o Vitória? Só no nome.
Que sirva de lição. No futebol, quem ri por último, ri melhor.

English